27.10.02

Meus piores pesadelos estão virando realidade!
Chip implantável começa a ser vendido nos EUA
Não vai ser tão nojento quanto o bichinho do Matrix, mas é preocupante. Segurança nenhuma vale a perda de liberdade. E quem defende uma coisa dessas deveria assitir "1984", pra ficar com medo do controle do Big Brother. Ou, melhor ainda, deve se tornar a primeira cobaia do sistema. Já estou até vendo as crianças usando o chip para não se perderem da mamãe. Presidiários, suspeitos e "terroristas" devidamente implantados para que possam ser completamente controlados. Trabalhadores devidamente identificados (as coisas que a gente se submente por causa de um emprego...) Em vez de número único, vamos ter o chip único!
E pra quem acha que isso é coisa de estadunidenses, essa nota da Info afirma que tem mexicanos e brasileiros que já estão na fila pra usar esse troço.
A parte curiosa é que algumas seitas cristãs acham que esse chip é a "Marca da Besta" descrita na Bíblia. Creio que não estão muito longe da verdade...
Iniciativa importante para divulgar: petição online para que CAPES e CNPq ofereçam outras opções que não o Windows:
Aviso: é cópia descarada do DBtH
Exposição de motivos da petição, criada pelo André Lemos
Caros,
Como todos sabem, o governo vem adotando, muito timidamente, os softwares livres/abertos (GNU/Linux) ou outros sistemas operacionais como o MAC OS, por exemplo. O melhor exemplo é a receita federal que nos obriga o uso de computadores rodando Windows para declararmos o imposto de renda online. O mesmo pode ser visto em diversos sites governamentais onde o material para download esta em word, excell, power point, etc. Comunicados oficiais sao enviados em attach em documentos .doc (word). Como cidadao nao sou obrigado a ter esses softwares em minha máquina.
A premissa é que o governo nao deve dizer que sistema operacional o usuário deve ter em seu computador e sim oferecer uma gama de opções aos cidadãos, prinicipalmente em atividades obrigatórias. Este é o caso das agências de fomento do MEC. As agencias, principalmente o CNPq e a CAPES, vêm adotando a plataforma Windows como obrigatoria para as diversas açoes (formularios, documentos .doc, softwares de grupos de pesquisa, de avaliação de pós-graduação e o curriculum na plataforma Lattes). Segundo fontes do CNPq, essa preocupacao é inexistente ja que nao ha queixas.
Assim sendo criei dois "abaixo-assinado", inspirado no abaixo-assinado contra a obrigatoriedade do sistema windows para declarar imposto de renda (http://www.PetitionOnline.com/ir2002/petition.html), um para o CNPq e outro para a CAPES, pedindo o fim dessa exclusividade e a ampliação de opções de sistemas operacionais.
Modelo da carta:
Nós, abaixo-assinados, vimos por meio deste manifestar nossa insatisfação com a obrigatoriedade imposta pelo .... (CAPES/CNPq) a todos os usuários de computador de utilizar o sistema operacional Windows para utilizar os diversos softwares e o preencher os formulários necessários para as demandas específicas.
Ainda que o Windows seja, sem dúvida alguma, utilizado pela maioria dos usuários brasileiros, ele não é o único. Há milhares de usuários do MacOS e também do GNU/Linux. Não cabe ao Estado determinar que sistema nós devemos utilizar. Cabe, porém, oferecer opções diferenciadas, respeitando a diversidade e o gosto dos usuários.
Por isso, assinamos abaixo e solicitamos que sejam oferecidas versões também para outros sistemas operacionais, já neste ano de 2002.
Links para as petições:
CNPq
CAPES
Notícias da semana passada que merecem ser comentadas - Parte 2:
Bill Gates quer reunião com Lula
Espero que fique só na conversa ou, como presente máximo, o livro do Bill. Precisamos investir em desenvolvimento de tecnologia e software livre, e espero que o papo com o Bill Gates não atrapalhe os interesses brasileiros. Pelos indicativos (software livre em boa parte das administrações petistas, acho que só Belo Horizonte ficou de fora), Bill Gates deve ficar a ver navios... Só não pode ser igual ao Peru (ou México, já não me lembro direito), que todas as iniciativas de software livre foram boicotadas com uma conversa de alto escalão, com o presidente passando por cima do software livre pra aceitar uma "promoção" da Micro$oft.
Notícias da semana passada que merecem ser comentadas - Parte 1:
A Internet foi atacada ou invadida? A mídia divulgou que houve uma invasão, mas o que houve na verdade foi um ataque de Denial of Service. Qual a diferença? O
post do Cris Dias é tão claro que merece ser transcrito na íntegra: 


Nenhum servidor foi invadido. O que houve foi um ataque "DoS" (denial-of-service). Como o jornalista não faz a menor idéia do que um DoS seja, tascou um "invadem" para ter uma manchete legal e sensacionalista. Em nenhum momento do texto é explicado o que aconteceu de fato, só que os tais nove servidores saíram do ar.

Então eu explico. Imagine que o servidor é a sua casa. "Invadir" é bem auto- explicativo, não? Alguém arromba a porta (ou uma janela lateral), entra e faz o que quiser lá dentro. Já um DoS é diferente. Um DoS é como as crianças chatas que ficam tocando a sua campainha o tempo todo. Você não consegue fazer mais nada - por que tem que ir toda hora ver quem está na porta - e se alguém vai te visitar não consegue entrar, já que a molecada está na frente da sua casa não deixando mais ninguém tocar a campainha. Denial-of-service. Tipo "se eu não posso mais ninguém pode".

22.10.02

Recebi o seguinte e-mail:

Assunto: denuncia
De: Alguém
Data: 21/10/02, 21:38
Olá. gostaria de saber como e onde faço pra denunciar um site que disponibiliza mp3's ??

Considero-o preocupante pois, pela mensagem, não me parece que o autor tenha interesse direto na denúncia de mp3.
Sou a favor da denúncia de spam, por se tratar de algo que interfere diretamente na conexão e na paciência do usuário. Mas, em relação a outros tipos de denúncia, sou totalmente contra.
Delação pura e simples é algo totalmente questionável, e que não deve ser admitido em nossa sociedade, seja com ou sem recompensa. É imoral, embora a mídia, nos últimos tempos, tente transformar essa impressão em algo benéfico socialmente (depende pra quem...)
Pior ainda é a obsessão das gravadoras em insistir na delação, com o objetivo de acabar com a pirataria. Elas já cobram Cds com valores dolarizados (mesmo com a nossa crise econômica), pagam fortunas para associações de combate à pirataria, e agora ainda querem que as pessoas denunciem as outras por amor a um texto legal de “proteção” aos direitos autorais que não protege os interesses da sociedade (para maiores esclarecimentos, vide Por
que somos contra a propriedade intelectual?
, também disponível em Direitoinformatico.org ), ).
Se pensarmos também que o simples fato de se ter um arquivo mp3 não pode ser considerado pirataria (vide meu artigo “A polêmica do mp3”, disponível em Direitoinformatico.org ), a pergunta que recebi é totalmente descabida e demonstra tanto a credulidade na mídia quanto alienação, o que é lamentável, pois o assunto é importante demais para ser resolvido com uma simples denúncia.

21.10.02

Livro novo na área: Fundamentos de Direito Penal Informático: do acesso não autorizado a sistemas computacionais, do professor da Pucminas Túlio Vianna. É a dissertação de mestrado do professor, e um dos poucos trabalhos acadêmicos sobre o tema. Maiores informações podem ser encontradas no site do Túlio (incluindo sumário e resumo), e o livro pode ser adquirido no site da Forense.

20.10.02

Como primeiro post, nada mais lógico do que fornecer o link para o site que gerou este blog: Direitoinformatico.org